Fontes

Em 1868, nas memórias e datas, João Frederico citou 10 em Ovar: -as dos Canos, do Casal, do Hospital, das Luzes, da Mota, dos Pelames, da Ponte-Nova, da Ribeira, da Ruela e da Vila-, informando que “há ainda mais nove nos quintais de diferentes prédios, na maior parte na Rua da Fonte, que a isso deve a sua significativa denominação.

O agrónomo João Vasco de Carvalho, depois de afirmar que as águas subterrâneas não faltam na freguesia, existindo “cerca de 400 poços de pequena profundidade, quase todos de água potável, à exceção de alguns situados na Ribeira”, acrescenta que as nascentes são importantes, principalmente a da Vila, citando entre estas “ as da Arruela, a melhor e mais abundante, a das Luzes, escassa no Verão, a do Casal, abundante, a dos Pelames, quase seca e a da Mota, abundante e outra inominada que também fornece água em regular quantidade e está situada junto da escola do sexo feminino.”

O Presidente da Comissão Administrativa do Concelho, na sessão de 31/03/1913, apresentou o resultado da análise feita às águas das fontes, poços e chafarizes públicos de Ovar, verificando-se, então, que eram águas impróprias para consumo, as do poço de baixo e da Fonte do Quartel.

Águas suspeitas para consumo: as das fontes das Luzes, Ponte Nova, Ribeira e Sul da Rua Alexandre Herculano e águas próprias para consumo, as da Mãe de Água, Chafariz da Praça, Arruela e Norte da Rua Alexandre Herculano.

De todas, as mais puras eram as da Mãe de Água e da Fonte do Casal, a da Fonte da Ribeira seria muito pura senão fosse o seu elevado grau de oxidabilidade.

Em 1918, o Almanaque de Ovar faz referência a 19 fontes públicas na cidade e arredores, sendo destas 12 da cidade: – as da Arruela, dos Campos, do Casal, do Hospital, das Luzes, da Mota, dos Pelames, da Ponte Nova, da Praça, da Olaria, do Outeiro e da Ribeira.

Chafarizes

– Chafariz do Neptuno (1877)
– Chafariz do Largo 5 de Outubro – Campos
– Chafariz do Largo de Santa Camarão

Fontes

– Fonte dos Canos – construída em 1762
– Fonte Júlio Dinis
– Fonte do Hospital ou Quartel, com larga e extensa escadaria aos patamares
– Fonte das Luzes – reformada em 1844, tendo as obras sido arrematadas por Tomé Simões de Resende
– Fonte da Mota
– Fonte do Outeiro
– Fonte dos Pelames – remodelada totalmente em 1960
– Fonte da Vila, no bairro da Olaria, também denominada fonte de baixo (“em relação à da Mota, que lhe fica acima”) ou fonte da Olaria
– Fonte da Ribeira – recebeu, em 1868, uma pequena reforma. Poço aberto na areia, coberto por uma espécie de forno, tirando-se a água por meio de cocos de flandres pregados na ponta de grandes varas. Desde 1910 foi a boca do forno tapada e colocada uma bomba de ferro
– Fonte da Ruela – situada na margem esquerda do ribeiro das luzes, foi reformada em 1835 e reparada em 1926, ano em que ficou com 3 bicas

– Fonte de Cabanões
– Fonte da Cabrita
– Fonte do Esporão
– Fonte do Pocinho
– Fonte da Granja
– Fonte da Madria
– Fonte do Melro
– Fonte do Sobral
– Chafariz da Ponte Nova (1896)
– Mina da Mãe de Água

– Fonte dos Murtais
– Fonte da Agoncida
– Fonte dos Arais
– Fonte da Fontanheira

Bibliografia

Monografia de Ovar de Alberto Sousa Lamy;

Dicionário da História de Ovar de Alberto Sousa Lamy;

Fontes desconhecidas.