As Capelas Primitivas dos Passos eram portáteis, humildes barracas, “Templosinhos de madeira forrados a baeta e crepes, com as suas cortinas de correr” e abrigavam autos sacros representados com figuras de colmo.

À custa do lançamento de um real em cada quartilho de vinho que se vendesse em Ovar e seu termo, concedido por provisão régia de 1747, foram construídos de 1748 a 1756 novos Passos de pedra e cal e adquiridas as suas Imagens futuras.

Por serem de má construção, as capelas necessitaram de consertos em 1760, 1783 (reforma radical à custa do real), 1790,1868, 1903 (o da Igreja principalmente) e 1943 (pinturas de German Iglesias).

Em 1968 a Câmara Municipal assinou um contrato de conservação dos passos com Luís José Lopes Vieira; e, a 30/04/1996, em cerimónia presidida pelo Ministro da Cultura, Prof. Dr. Manuel Carrilho, e sendo Presidente da Câmara Municipal de Ovar o Dr. Armando França Rodrigues Alves, foi assinado o protocolo com o IPPAR de assistência técnica à obra de restauro e conservação interior das Capelas dos Passos.

Consideradas, pelo decreto nº37.450, de 16 de junho de 1949, Imoveis de Interesse Publico são em número de sete:

1º – Passo da Igreja ou do Pretório – Jesus toma a Cruz – na Capela do Passo do pretório, na Igreja Matriz de Ovar;

2º – Passo do Horto ou do Sr. Caído por Terra ou da 1ª Queda – A poente do Tribunal Judicial, na Rua Alexandre Herculano;

3º – Passo do Encontro com a Mãe – Rua Alexandre Herculano;

4º – Passo do Cruzeiro de Santo António ou do Cireneu – Simão, o Cireneu, ajuda a levar a Cruz – Na Rua Cândido dos Reis;

5º – Passo da Praça ou da Verónica – Na Praça da República;

6º – Passo de São Tomé ou das Filhas de Jerusalém – No Largo Mouzinho de Albuquerque;

7º – Passo do Calvário – Largo dos Combatentes.

 

Bibliografia

Monografia de Ovar de Alberto Sousa Lamy;

Dicionário da História de Ovar de Alberto Sousa Lamy;

Fontes desconhecidas.